No livro Paraíso da Fumaça – Viagens de um Jornalista da High Times, Chris Simunek dedica um capítulo à sua (breve) incursão nos Maconheiros Anônimos. Em uma das reuniões, cada VICIADO devia escolher uma ficha com uma razão para fumar a erva maldita. Um universitário pegou a que havia “A maconha faz a música ficar melhor” escrito. “Todas as minhas bandas favoritas usavam drogas: Hendrix, Zeppelin, os Stones, Aerosmith…”, justificou-se.
O orientador, um ex-usuário que procurara a reabilitação porque havia sido diagnosticado com espermatazoides “preguiçosos” em função de sua assiduidade herbífuma, sorriu como se previsse a desculpa do jovem roqueiro. “Sim, mas Hendrix está morto, assim como outros caras dos Stones e do Zeppelin. Os caras do Aerosmith, por outro lado, estão de cara limpa e vêm fazendo um som cada vez melhor”, retrucou. O argumento fez com que ele perdesse até o mais remoto traço de credibilidade. “Alguém que pusesse Get a Grip acima de Rocks ou Toys in the Attic não tinha nada a me ensinar”, conclui Simunek.
Eu gosto mais dos Strokes decadentes do que quando eles estavam no auge. Em compensação, não ligo se ninguém aprende porra nenhuma comigo.
NA HISTÓRIA
2019 | #16 Albert Hammond Jr, More To Life
2018 | #13 Albert Hammond Jr, Far Away Truths
2018 | #40 The Voidz, All Wordz Are Made Up
2017 | #34 Summer Moon, Happenin’
2013 | #4 Welcome To Japan
2011 | #22 Machu Picchu
2009 | #3 Julian Casablancas, 11th Dimension
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