20210922

Um rosto na multidão



Não assisti a nenhuma live, não aprendi a fazer pão, não estudei outra língua, não comecei a tocar nenhum instrumento musical, não virei um primata melhor. As transformações pessoais que seriam provocadas pela pandemia só não foram um fracasso total para mim porque perdi a fobia de vídeo. Confinado direto em casa e louco por alguma interação social, estreei este rostinho encarquilhado em dois projetos de uma vez.

Um é o Aparelho, a revista que eu e os comparsas Alexandre Matias e Vladimir Cunha idealizamos na virada do século e nunca concretizamos porque a vida levou cada um de nós para um canto (salve, Emicida!). O que as circunstâncias separaram, o já consagrado advento da internet uniu em forma de bate-papo freestyle comigo em Florianópolis, Matias em São Paulo e Vlad em Belém. Sobe aos sábados, às 21h.

Outro é o Expresso com Martini, transmitido ao vivo às quintas a partir das 20h. Faço parte da bancada imaginária comandada pelo chapa Rafael Martini com o designer e ator Carlos Coelho – o xodó que conheci graças ao programa, irradiando afeto sob o céu paulistano. Sempre dividimos a conversa com convidados e conhecemos toda a nossa audiência pelo nome e sobrenome. Eu não poderia querer mais.

(Extraído da newsletter Extrato. Assine já e garanta o seu exemplar antecipado todas as terças!)

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