Euforia, ziquizira, faxina: música. Ansiedade, corrida, diversão: música. Sexo, inspiração, regozijo: música. Tristeza, desejo, medo: música. Raiva, consolo, êxtase: música. Em qualquer atividade, qualquer lugar, qualquer situação – mesmo quando a única coisa que eu quisesse fosse desaparecer em silêncio –, a música não saiu do meu lado em 2022. Inclusive enquanto teclo este arrazoado.
Como é praxe, a lista das músicas favoritas do ano diz muito mais sobre o seletor do que sobre os artistas ou estilos relacionados. A minha é cheia de protegidos, manias e contradições. Das 70, 39 são de nomes que já apareceram em levantamentos desde 2007, quando comecei a organizar um ranking anual para me lembrar quem fui, revelar quem sou e vislumbrar quem serei.
É uma lista de tiozinho, que a cada dia tem menos saco com as últimas novidades, mas está sempre aberto para ser arrebatado por algo que não conhecia. Que privilegia a canção e a melodia, sem dispensar um eventual esporro. Que não procura lógica nas preferências, e sim ampliar o repertório do gosto. Entre velhos camaradas e recém-chegados, eis as escolhidas:
PLAYLIST | cada minuto é um amanhã pra se subverter
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