(A 20 dias antes de se concretizar, interrompemos nosso ano black-sabático – que, ao contrário do sabático, é involuntário – com a coluna publicada hoje no Diário Catarinense. As coisas prometem ficar mais animadas por aqui. No mínimo, todas as sextas.)
Tente lembrar da última vez em que ficou com o refrão de um artista de Santa Catarina na cabeça. Tirando um ou outro do Dazaranha, faz tempo. O consumidor médio pode achar a música catarinense original, intensa ou outro adjetivo suficientemente vago para parecer relevante, contanto que não lhe peçam para ouvi-la. Enquanto o dito pop local provoca um piedoso bocejo em seu público-alvo, bandas como Cassim & Barbária e Skrotes vêm abrindo caminhos – com certeza legítimos, às vezes injustos, sempre desconhecidos – que começam a ser seguidos. Nem que seja por falta de opção.
Nesse cenário de expectativas reajustadas, Murilo Mattei também não precisa de ninguém cantando junto para ocupar seu espacinho. Quando não está na UFSC, o aluno de Ciências Sociais tranca-se no apartamento onde mora no bairro Trindade e, munido de um teclado Nanokey2 da Korg e um notebook, experimenta ideias musicais sob o nome de Vinolimbo. Ignoradas em Florianópolis, suas colagens sonoras e batidas suaves renderam cinco EPs virtuais desde 2012.
Os dois trabalhos mais recentes, I Never Stepped On The Cracks 'cause I Thought I'd Hurt My Mother e The End Of What Never Happened, apareceram na internet entre maio e julho passados. Ambos foram lançados pelo selo porto-alegrense NAS e receberam elogios de sites respeitados por quem gosta desse tipo de som. O orleanense de 22 anos tem plena consciência de que sua música eletrônica jamais vai tocar nas rádios e pistas. O pouco que o Vinolimbo conseguiu até agora é mais do que ele poderia querer. Mas não se contentar.
Chuchu beleza
Um produtor e uma atriz se unem para gravar um disco. Apesar do cheiro suspeito, a picaretagem funciona se ele for o polivalente Dan “The Automator” Nakamura (Gorillaz, Kasabian) e ela, a teteia Mary Elizabeth Winstead (Scott Pilgrim Contra o Mundo, A Coisa). A dupla assina como Got A Girl o álbum I Love You But I Must Drive Off This Cliff Now, um punhado de canções que deixa a vida muito mais leve, fina e elegante. Sirva com gelo.
De boas intenções
Nunca se criou, registrou e consumiu tanta música quanto hoje. Nunca se leu tão pouco sobre música quanto hoje. Esta coluna pretende tornar menor a distância que separa as duas frases anteriores. Afinal, como dizia Frank Zappa, “a maioria das pessoas não reconheceria boa música nem que ela viesse mordê-las na bunda”. Claro que não é o seu caso.
Os dois trabalhos mais recentes, I Never Stepped On The Cracks 'cause I Thought I'd Hurt My Mother e The End Of What Never Happened, apareceram na internet entre maio e julho passados. Ambos foram lançados pelo selo porto-alegrense NAS e receberam elogios de sites respeitados por quem gosta desse tipo de som. O orleanense de 22 anos tem plena consciência de que sua música eletrônica jamais vai tocar nas rádios e pistas. O pouco que o Vinolimbo conseguiu até agora é mais do que ele poderia querer. Mas não se contentar.
Chuchu beleza
Um produtor e uma atriz se unem para gravar um disco. Apesar do cheiro suspeito, a picaretagem funciona se ele for o polivalente Dan “The Automator” Nakamura (Gorillaz, Kasabian) e ela, a teteia Mary Elizabeth Winstead (Scott Pilgrim Contra o Mundo, A Coisa). A dupla assina como Got A Girl o álbum I Love You But I Must Drive Off This Cliff Now, um punhado de canções que deixa a vida muito mais leve, fina e elegante. Sirva com gelo.
De boas intenções
Nunca se criou, registrou e consumiu tanta música quanto hoje. Nunca se leu tão pouco sobre música quanto hoje. Esta coluna pretende tornar menor a distância que separa as duas frases anteriores. Afinal, como dizia Frank Zappa, “a maioria das pessoas não reconheceria boa música nem que ela viesse mordê-las na bunda”. Claro que não é o seu caso.
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