O aplicativo me acusa de em 2021 ter escutado 15.408 minutos de música até o começo de dezembro. Parece muito, mais de dez dias direto. É nada: dá 42 minutos diários. Bota aí mais 20% via CD ou tocador de MP3, dá 12 dias ou 46 minutos diários. Mesmo assim, é mais que 81% dos ouvintes do Brasil. Pequenos privilégios, grande desigualdade.
Nunca ouvi tanta música por ouvir. Digo só ouvindo – depois da meia-noite, sentado na poltrona do canto da sacada, o mar batendo ao fundo. Música como escape, bem o que eu esperava quando apertava o play. Por isso, fechar esse ranking foi suave. Eu já sabia o que entraria e mais ou menos em que posição.
Bastante mulher. Não calculei quanto em comparação aos anos anteriores porque isso em nenhum momento foi critério. Reparei também que grande parte dos nomes citados esteve em relações passadas. É o meu mainstream particular. Ninguém sai, só entra. Além disso, na idade em que estou aparecem os tiques, as manias.
Listas sempre dizem mais sobre quem as fez do que sobre a qualidade das escolhidas. Mas também são boas para conhecer outros sons, outras batidas, outras pulsações. Alguma pode se tornar sua nova música favorita.
PLAYLIST | língua adesivou na fitinha do amor
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