20150612

5 discos para ouvir a dois

OK, já rolou jantarzinho, cineminha ou qualquer outro programa diminutivo para celebrar o Dia dos Namorados. Mas não vamos ser hipócritas: tudo isso é apenas um preâmbulo para uma madrugada ardente, com intensa troca de fluidos e descoberta de prazeres. Você tem muito mais chances de amanhecer com aquele sorrisão – no rosto e ao seu lado – se recorrer à seguinte trilha sonora:

Little Broken Hearts, NORAH JONES (2012) – A cantora já estava bem estabelecida como diva do jazz universitário quando deu uma bela guinada em seu quinto disco. Primeiro, chamou o mago Danger Mouse (Gnarls Barkley, Broken Bells) para produzir o trabalho e adotou uma franjinha indie no cabelo. Depois, saiu por aí com o violão em punho, soltando a voz sobre e para corações partidos. OUÇA “4 Broken Hearts”, “She’s 22”, “Say Goodbye”.





A Letra A, NANDO REIS (2003) – Mais conhecido pelas composições gravadas por outros intérpretes do que por seus discos, para o quarto álbum solo o ex-titã reservou uma dúzia de baladas autorais calcadas no folk rock setentista. O negócio começa devagar, praticamente acústico, e vai encorpando com o tempo – mais ou menos como o que vai acontecer no seu encontro. OUÇA “A Letra A”, “Luz dos Olhos”, “Dentro do Mesmo Time”.





Rattlesnakes, LLOYD COLE AND THE COMMOTIONS (1984) – A estreia da banda escocesa parece até uma coletânea, tantas são as músicas com potencial para virar single. Sem a menor pretensão de querer reinventar a roda, mas com personalidade de sobra, o grupo investia em um pop adulto, pronto para o rádio sem ofender a sensibilidade de ninguém. OUÇA “Forest Fire, Are You Ready to Be Heartbroken?”, “Ratllesnakes”.





Be Thankful for what You Got, WILLIAM DEVAUGHN (1974) – A faixa-título começa suave, aumenta o ritmo, chega ao ápice e.... diminui gradativamente. Lembrou algo? Pois é apenas uma amostra do que o hit consegue fazer com o ouvinte, mesmo sem falar de amor. Não que o tema seja ignorado: de forma direta ou não, o romantismo emana de cada nota do soul do cantor americano. OUÇA “Be Thankful for what You Got”, “You Gave me a Brand New Start”, “Sing a Love Song”.





Cartola, CARTOLA (1974) – O samba nunca se prestou tanto à fossa quanto na obra deste gênio da música brasileira, que estreou em disco quando já estava com 65 anos. Ciúme, traição, saudade, esperança; tudo o que envolve o universo da paixão foi contemplado pelos versos maravilhosos do carioca. O único risco é ficar prestando atenção demais nas letras e se desmobilizar para o principal. OUÇA “Tive Sim”, “Alvorada”, “O Sol Nascerá”.



(coluna publicada hoje no Diário Catarinense)

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