20181221

70 músicas de 2018, o ano que tinha que ser bom em alguma coisa



Quase não teve medalhão. Tradicionais patinaram. Nomes consagrados fracassaram. Favoritaços decepcionaram. E eis que emergiu um pessoal. Que era desconhecido e/ou nunca havia sido levado a sério e/ou parecia conformado com a condição de figurante. Aí na hora da retrospectiva do ano rola aquela dúvida: virou isso ou sempre foi assim?

Na música também. À medida que a pasta 2018 engordava, uma seleção regida pelo signo do insano ia tomando forma. A banda querida que pela primeira vez ficava de fora. O artista infalível que vacilou. O campeão que ganharia fácil – se concorresse. Cada confirmação, uma dúvida; cada contradição, uma certeza.

De surpresa em surpresa, nasceu esta playlist marcada pela imperfeição. Precoce para estabelecer um novo padrão, presente demais para que represente alguma anomalia temporal. Mas tão sincerona quanto intransferível. Seja nos critérios, seja principalmente no risco de passar vergonha muito antes do esperado.

Com a diferença de que se trata apenas de um punhado de músicas.

(coluna publicada hoje no Diário Catarinense)

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