Circula há tempo por aí e ATÉ o Matias já fez matéria sobre. Baixei-o em 2006 e, desde então, poucos livros disponíveis na internet me deixaram com tanta vontade de imprimi-lo: a história do melhor disco dos Beatles. Ray Newman, um funcionário do governo inglês, dedica-se a desvendar como a banda migrou do iê-iê-iê para o “estado da arte” no pop. O autor mostra que o processo passou pela disposição em experimentar. Seja no plano técnico, com instrumentos, métodos e sonoridades; seja no metafísico, por meio de alteradores da percepção, revisão de velhos pontos de vista e, conseqüentemente, compreensão não-cartesiana dos fatos. João botava o LSD, Paulo trazia a vanguarda e Jorge encontrava explicação dedilhando a cítara indiana. Ringo achava tudo muito louco.
Mais espantoso ainda é como nenhuma editora se interessou em publicar Abracadabra no Brasil. Combinaria que é uma beleza com a investigação a respeito do ambiente que cercou a criação de Sgt. Peppers (é da mesma banda...) ou, para ficar na linha de “biografia de álbuns clássicos”, com os bastidores de Dark Side of the Moon, do Pink Floyd. Está dada a dica. Se rolar, quero o meu.
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