De Olinda para o éter, o DJ Bruno Pedrosa manda avisar que saiu a compilação Criolina Brazilian Grooves, parceria da festa brasiliense Criolina com a revista francesa Brazuca. Enquanto baixo o pacote, penso como ainda vai demorar para o CD deixar de ser a referência de formato. As 34 faixas estão disponíveis online, dispostas para ocuparem dois discos, inclusive com capa e selo. Duvido que alguém vá realmente queimar uma cópia, imprimir as artes, recortar, colar na bolachinha e colocar em uma caixa plástica. Senão por todos os desperdícios envolvidos – dos quais o de tempo é que mais me aflige –, pela música. CURUMIN, "Guerreiro (Chico Mann remix)"
Talvez a vadiagem esteja embotando minha opinião ou o negócio seja only for export, sei lá. Mas, pô, Bruno, tu mesmo já fez coisa melhor do que esta “3 Segundos”. Assim como tenho certeza de que melhor vai ficar o disco de dub que tu anda fazendo com o Canibal, dos Devotos (ex) do Ódio. Quando sai? Quero me exibir dizendo que participei do nascimento da idéia, um dos raros lampejos que lembro antes de trocarmos a Feira Música Brasil de 2006 2007 por uma festa nelvosa no Preto Velho, no Alto da Sé: I Love Cafuçu, organizada pelas “lindinhas” locais, onde o “cafuçu” (homem canalha) pagava menos do que a “rariú” (corruptela do “how are you?” que as nativas usam para abordar o turista) e rolava de true brega a new rave.
O que se aproveita da coletânea não é exatamente novidade para qualquer um que acompanha minimamente artistas que “trabalham uma música brasileira moderna, atenta às misturas do resto do mundo”, conforme o release. Como esse remix beleza para “Guerreiro”, de Curumim, cujo show realizado há algumas semanas por essas plagas deixou os hormônios em uma situação grave, muito grave. Cheguei na segunda metade, a tempo de presenciar o trio comandado pelo baterista japonego transformar o samba em uma massa jamaicana. Se ele quisesse, poderia ficar improvisando por cima do riddim de “Under Me Sleng Teng” a noite inteira. Dopamina não ia faltar.
4 comentários:
escutando! combinou com o dia de sol aqui, cumpade...
cada dia mais, somos todos guerreiros, compa!!! não que haja outra opção...
gerreiro é uma das minhas prediletas dessa compila, meu caro. concordo plenamente contigo.
sobre 3 segundos, é isso, né? não se consegue agradar a todos...
joão do morro é um verdadeiro represententate da fuleiragem maloqueira das periferias recifenses, mas poderia ter nascido em qualquer uma delas.
acho as letras do cara de uma safadeza ímpar. daí pra fazer o remix foi um pulo...
abrazo!
ps: estão rolando os ensaios com cannibal. os shows rolam antes do disco sair.
salve, brunão!
eu sabia que o comentário sobre 3 segundos ia te instigar... e não deixe de me mandar os frutos dessa parceria com o canibal, tô ansioso para ouvir.
abrazzz
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