É hoje a possível última manifestação dos FALCATRUE em 2009. A não ser que até o dia 31 alguma obcecada cisme de escutar as musiquinhas que SÓ a gente rola, os picaretas (de coração) que desde maio vêm provocando efeitos irreversíveis nas pistas floriputas voltam para novas e eletrizantes aventuras somente no ano da graça de 2010.
Para falar a verdade, as únicas informações confiáveis na assertiva anterior são as datas. De 10 de maio, quando Zuleika gentilmente nos escalou para apertar “play” e “pause” no Blues Velvet em uma festa chamada Sabatina; a 26 de setembro, na comemoração dos três anos da coluna Contracapa, foram poucas as vezes em que a noite revelou-se especial por causa da nossa trilha sonora.
Não é questão de os bípedes estarem dançando ou não. Quem já bancou o DJ-sem-diploma sabe do que se trata: há um momento em que algo simplesmente acontece, sem porquês nem ressalvas. É mais do que “bombar”. É um negócio meio encantado, uma sensação que o som emanado tem alguma influência sobre alguma coisa individual ou coletiva, mas sempre excepcional.
De trás das pickups, com a visão panorâmica do contexto, percebe-se que determinada música mexeu com os hormônios das biatches, que outra animou um grupinho que estava parado, que uma terceira explodiu em um beijo. Dessas situações todas, duas me marcaram nessa temporada de seletor:
A primeira foi no Blues Velvet, com uma audiência predisposta para os mais diversos tipos de crimes (principalmente os não previstos no código penal) em uma sexta-feira NELVOSA de agosto. Um rapaz se aproxima e implora por Amy Winehouse. Fico sem jeito, não trouxe nada dela. Marcos E tinha uma em seu case infinito. Serve? “Qualquer uma, quero pedir a mão dela em casamento”, responde o guapo, apontando para uma fêmea que sorriu com cumplicidade. Botamos. Que sejam felizes enquanto a vida quiser.
A segunda não está ligada a um lugar, público ou noite específicos. É o remix do MSTRKRFT para “Sexy Results”, do Death From Above 1979. Saiu em 2006 e esteve presente em todos os [glup] sets como se fosse a “reserva da casa”, aquela em que o anfitrião serve com a sincera intenção de agradar – mas não fica nem um pouco preocupado se não agrada: ELE (o próprio anfitrião) gosta.
E concessão uma ova! Conhece? Deveria. A levada já um assombro, crua & sensual. Uma fêmea sussurrando “les résultats sont super sexuelles” precede a letra, que se limita a repetir, como um mantra: “sexy woman take me to your bedroom, let me show you how I work work work work”. Dá vontade de ficar trabalhando a noite inteira. Procuraê, é facinha de achar. Ou aparece lá, que eu te mostro.
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