Foi aí que descobri que a falta de dinheiro envolvido não tinha nada a ver com a letargia. Por alguma razão que só a criatividade a serviço do ócio conhece, associei blog a parar de fumar. Combinei comigo mesmo em trocar cigarros por posts. Considerando o tabagismo diário, a freqüência estaria garantida. Mesmo cercado de nenhuma expectativa, fracassei miseravelmente. Nem tentei.
Agora tomei vergonha na cara. Continuo fumando, mas não faço do vício uma muleta para enfrentar as agruras do cotidiano, como ter de amarrar os cadarços (apud Matt Dilon em Drugstore Cowboy). Atrás da fumaça, vejo que quase todos os meus amigos são blogueiros. Eles me instigam, me divertem e me confortam. Também quero viajar nesse balão. No mínimo, para retribuir em primeira pessoa o bem que me fazem.
Era isso ou ficar assistindo ao paredão inaugural do oitavo Big Brother Brasil.
Um comentário:
Vou ter a honra de deixar o primeiro comentário ao primeiro post. Fugirei do lugar-comum de dizer que a blogosfera ganha vida inteligente, coisa e tal. Em vez de confete e serpentina, lhe dou, em nome da confraria dos compulsivos por palavras, as boas vindas a esta mídia. Digo pela minha experiência, sem qualquer pesquisa estatística ou empírica: cada novo texto pode representar grande alívio à necessidade imperiosa de desovar as tempestades neuronais sem as contingências insidiosas da pauta alheia. Essa brecha de liberdade te dá a chance de viajar pra onde quiser sem compromisso de agradar editores nem afagar preferências dos incautos leitores. Pode parecer pouco, mas ajuda a preservar uma saudável insanidade, you know what I mean. Também conto com você pra me instigar, divertir e confortar. Abrzz!
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