20220125

Seus heróis morreram de cretinice



O que desgraça a minha cabeça nesse furdunço do Novak Djokovic é tudo.

O número 1 do ranking do tênis mundial ia jogar na Austrália, onde só entram vacinados. Não um torneio comum: o Australian Open, do qual ele é o maior vencedor, com nove títulos, e atual tricampeão. Se ganhasse esta edição, além de tetra, iria se tornar também o jogador mais vitorioso da história do Grand Slam, o conjunto dos quatro torneios mais importantes do tênis.

Mas Djokovic não apenas não se vacinou como faz campanha contra a vacina. Estava criado o impasse que, em circunstâncias normais, seria facilmente superado. Mesmo esperneando, ele se vacinaria e no dia seguinte a mídia estaria reafirmando seu favoritismo. Em vez disso, rolou uma série de voltas e reviravoltas que culminou na deportação dele do país.

O que o sérvio perdeu ao não abrir mão de sua liberdade de contaminar geral extrapola os âmbitos esportivo e econômico, embora nenhum patrocinador ainda tenha se incomodado com o seu comportamento. O que ele ganhou: o posto de herói do movimento antivacina, além de um apelido muito melhor do que Djoko. É muita força de vontade de errar.

(Extraído da newsletter Extrato. Assine já e garanta o seu exemplar antecipado todas as terças!)

Nenhum comentário: