20220420

Ao vivo e chutando os clichês



Nunca fui muito de álbuns ao vivo. Para mim, disco é disco e show é show. Em um, quero ouvir as possibilidades que só o estúdio dá. Em outro, busco algo que também envolve música, mas é evidente que todo o contexto influencia na experiência. Por isso, dá para contar nos dedos os registros captados diretamente do palco que recomendo, listados em ordem decrescente pelo número de vezes que ouvi:

Curtis Mayfield, Curtis/Live! (1971) – Clima de clube enfumaçado, falsete sem vergonha de se entregar e canções que falam de amor sem perder o crédito na quebrada. Apenas receba.

Cure, Concert (1984) – Para muitos brasileiros (eu incluso), a primeira vez que ouviram alguns dos clássicos do grupo foi nessas versões aplaudidas pelos fãs ingleses.

U2, Under a Blood Red Sky (1983) – Última oportunidade de ouvir os irlandeses ainda com uma aura de alternativos antes de eles conquistarem os Estados Unidos.

Bob Marley & The Wailers, Babylon by Bus (1978) – Se qualquer disco deles já parece uma compilação de hits, imagine o set list de shows em Londres e em Paris.

The Who, Live at Leeds (1970) – Uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, gravado com a formação original em uma de suas turnês de maior sucesso.

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