20080317

5ª NOITE: Estilo é o nome daquele carro da Fiat

Decorridas quatro noites, 22 desfiles, duas festas e um sem-número de micos pagos, todos os envolvidos chegaram ao estertores do evento felizes, satisfeitos & doidos para que acabasse de uma vez. Vamos combinar: não há cristão que agüente as mesmas modelos, as mesmas poses, a mesma histeria das fãs ante os famosos de terça a sábado. Nem as estudantes de moda que vieram de Chapecó suportaram a maratona, preferindo passar boa parte do tempo no espaço reservado ao tabagismo consciente falando mal dos outros com aquele sotaque delicioso. Como diz a saudosa canção da banda Repolho, “a gente não fuma, a gente não bebe, nosso único defeito é gostarderóque”. Alô pessoal do Oeste, aquele abrazzz!

|||°L°||| Para testar a disposição dos convivas, a noite começou com os desfiles dos alunos do curso de moda da Udesc. Foram TREZE estilistas e suas respectivas coleções sob o tema “Expressividades Latinas”. Chamaram a atenção os looks “marinhos” de Stangherlin, inspirados na obra do folclorista local Franklin Cascaes; as “santas insanas” de Camila Maciel; os detalhes em (acho que era) arame nos vestidos longos de Valeria Chaves; e as mafaldas de Glaucia Cechinel, com balõezinhos na cabeça citando a personagem de Quino. Fica a expectativa pelo que essa gente vai vestir na formatura.

|||°L°||| O clichê se sustenta: Grazi Massafera esbanjou simpatia e beleza. De vestidinho preto, ela apimentou o desfile da Lesa-Lesa ao sentar em um apoio na ponta da passarela, deixando as pernocas mais avontz. Cauã Raymond passa bem, muito bem.

|||°L°||| A Biguá veio com suas tradicionais jaquetas e camisas para caretas nos dias úteis que querem dar uma de antenados nos finais de semana. A trilha – Bossa N’Stones – evidenciava ainda mais o público-alvo da grife: funcionários de estatais que são bons genros, embora dêem suas escapadelas, furem fila e estacionem seus carros em fila dupla. Não adianta, concurso é destino.

|||°L°||| “Quando a gente ama, a gente cuida”. Cauã Raymond pode não conhecer este verso clááássico de Peninha (imortalizado pelos lábios trêmulos de Caetano Veloso), mas desfilou pouco depois de sua amásia. O ator estava a serviço da Morma2, marca de e para surfista. Não à toa, o primeiro a entrar na passarela foi um cidadão de roupa de borracha e capacete. Cauã? Não, um atleta patrocinado. Tremendo anticlímax.

|||°L°||| Na coletiva, Cauã (sempre este nome silvícola!) tirou onda – e isso não tem nada a ver com o surfe que diz praticar. Questionado se usava batom, respondeu: “Perguntem para a Grazi”. Nessa hora, a miss já estava o esperando no hotel. E eu já tinha uma bela declaração para encerrar esta cobertura. Foi um prazer trabalhar Contigo.


2 comentários:

Aline Cabral Vaz disse...

Fala, Tomatzi!
Agora que vim aqui conferir a cobertura. Adorei o estilo, ce tem futuro na moda. Os pseudônimos das marcas estão óóóótEmos.

emersong disse...

Aline,
Pois é, e eu perdendo tempo com jornalismo!!!